Um casal lésbico foi barrado pelas leis de Turim, na Itália, de registrar o filho de um bebê concebido por inseminação artificial por uma das duas, que nasceu no último dia 13.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Free Willie ,um bar nudista LGBTQIA+ em Amsterdã
- Dora Lopes: a diva noturna da nossa canção popular
- Anti-herói queer ganha adaptação na Netflix
Chiara Foglietta, vereadora do Partido Democrático (PD) foi junto com a sua parceria Micaela Ghislen em um cartório da cidade, mas não conseguiram sob a justificativa que a legislação italiana não permite registros de crianças geradas por fertilização in vitro, que não sejam por “casais heterossexuais estáveis”.
Em seu perfil no Facebook, Chiara contou que foi orientada a declarar uma relação com um homem para poder registrar o filho chamado de Niccolò Pietro. “Para registrar meu filho no cartório tenho que contar uma mentira. Toda criança tem o direito de conhecer sua própria história, a combinação de eventos que a criaram”, reclamou.
“Ele veio ao mundo por querer meu e de Micaela. Ele é nosso filho. Mas, para o registrá-lo no cartório, tenho de declará-lo falso”, completou.
LEIA MAIS:
Presidente do Quênia diz que direitos LGBT não tem importância no país
1,4 mil transgêneros já solicitaram inclusão do nome social no título de eleitor, revela TSE
Ao jornal local Corriere della Sera, a prefeita de Turim, Chiara Appendino afirmou ser a favor do registro de Pietro, mas ressaltou que a “lei atualmente não prevê o reconhecimento dos filhos e filhas de casais homossexuais na Itália”, ponderou acrescentando ainda que “os direitos dos pais e das crianças não podem ser garantidos”.
O procedimento da inseminação artificial aconteceram na Dinamarca, assim como muitos outros métodos como este que são realizados em outros países da União Europeia (UE), já que na Itália triagem e congelamento de embriões são proibidos. Fornecidos apenas para casais héteros que por problemas de saúde não consigam engravidar.