Aos 40 anos, Renata Carvalho, uma atriz, roteirista e dramaturga em Santos, SP, foi selecionada para uma bolsa de US$ 7 mil (cerca de R$ 36 mil) pelo seu projeto Movimento Nacional de Artistas Trans (Monart), sobre corpos trans. A seleção foi feita por ex-bolsistas e conselheiros da Afield, rede internacional que apoia artistas por todo o mundo.
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A artista foi indicada à bolsa pela dançarina Lia Rodrigues, concorrendo com outras 20 propostas, ficando entre as três finalistas. Além dela, foram premiados o escritor Shawon Akand, de Bangladesh, e a cineasta Sevinaz Evdike, da Síria.
Em entrevista para o portal G1, Renata falou que a premiação lhe dará “um pouco de tranquilidade” neste ano, permitindo que ela não precise se preocupar com as despesas mais simples. “Ainda mais neste momento, onde é muito difícil atuar na arte e ser uma travesti no Brasil”, finaliza.
Ainda segunda reportagem, Renata revela que foi expulsa de casa, e então caiu na prostituição, além de trabalhos temporários em um salão. Ao invés de transição, ela usa a palavra percebimento para falar sobre sua definição. “Meu corpo era feminino demais para os papéis masculinos. O corpo travesti sofre censura e é expulso de todos os lugares. Ter um trabalho dentro da arte, de permanência, é uma luta constante“, desabafa a atriz.