O ator estadunidense Yuval David de “O Despertar da Primavera”, “Boy Crush” e “A Bela e a Fera” tentou doar plasma após se recuperar do Covid-19, mas foi impedido por restrições discriminatórias, é o que afirma o site do GLAAD.
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Yuval postou em seu Twitter: “Hoje à noite, eu falei ao @cbsnews sobre quando tentei ajudar outras pessoas durante essa pandemia, mas fui discriminado por ser gay”. Segundo medidas de saúde ainda não atualizadas em diversos países, seu sangue é considerado “impróprio”.
O fato é que diversas pessoas recuperadas da infecção estão se candidatando para doar plasma, que contém os anticorpos do Covid-19 e que pode ser usado na elaboração de uma vacina para o coronavírus, ainda em testes, mas com primeiros resultados promissores.
As mesmas regras de doação de sangue da FDA – Food and Drug Administration – são as mesmas para a doação de plasma, que tecnicamente proíbe homens gays e bissexuais de doarem sangue se não dentro do período de abstinência sexual determinado.
Antes da pandemia de coronavírus, a FDA pedia que homens gays e bi esperassem um ano após a última vez que fizeram sexo antes de doarem sangue. Mas com os bancos de sangue com baixo estoque, eles reduziram o prazo solicitado para três meses.
Ainda com a baixa na restrição, o ator Yuval David foi impossibilitado de doar material sanguíneo. Em nota, ele alegou que não se encaixava na abstinência de três meses, porque fez sexo com seu marido.
“Fiquei doente com o COVID-19 em meados de março. Eu dormia em média 20 horas por dia, estava fisicamente muito exausto”, contou o ator. Quando ele felizmente se recuperou, entrou em contato com o Centro de Sangue de Nova York para doar plasma na esperança de ajudar outros pacientes.
Em nota, o GLAAD fez uma petição para que a restrição seja retirada e já conta com mais de 25 mil assinaturas. No Brasil, a restrição já teve afrouxamento e a partir do mês de junho, as doações de sangue terão novo controle em relação ao sangue de homens gays.