A halterofilista neozelandesa Laurel Hubbard, de 43 anos, pode se tornar a primeira atleta trans a competir em uma Olimpíada. Ela se classificou para os jogos olímpicos de Tóquio, que foram adiados de 2020 para julho e agosto deste ano. De acordo com veículos internacionais, como o britânico The Guardian e o site especializado Inside The Games, ela está classificada para a categoria superpesada (acima de 87 kg) do levantamento de peso.
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Segundo informações divulgadas, a federação internacional do esporte teve que adaptar seus critérios de classificação por conta da pandemia de Covid-19, o que acelerou a confirmação da vaga de Hubbard. A Nova Zelândia ainda não fez a convocação oficial para os Jogos.
A atleta de 43 anos, iniciou a transição de gênero em 2012 e nos últimos anos passou a se destacar no esporte, mesmo não participando em competições masculinas internacionais de levantamento de peso. Hubbard tem a quarta melhor marca de qualificação do mundo até agora na corrida para Tóquio e ganhou medalha de prata no Mundial de 2017.
No entanto, a participação nos Jogos poderá dividir opiniões controvérsias entre aqueles que a veem como um símbolo de progresso para os atletas trans e outros que argumentam que ela se beneficia de uma vantagem física injusta. As diretrizes do COI (Comitê Olímpico Internacional) permitem a atletas transgênero competirem nas categorias femininas desde que seus níveis de testosterona estejam abaixo de 10 nanomoles por litro de sangue durante pelo menos 12 meses antes de sua estreia.
No Brasil, o caso mais conhecido de atleta trans na elite do esporte é o da jogadora de vôlei Tifanny Abreu, 36, que segue os critérios do COI.