Grupos de ativistas apelaram no pedido para as autoridades do Azerbaijão que libertem as dezenas de pessoas LGBTs que relataram várias detenções e abusos no país. De acordo com os advogados de defesa das vítimas, estas pessoas tem sofrido agressões tanto físicas como verbais, além de ser forçados a exames médicos legais.
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O grupo internacional de defesa dos direitos da comunidade LGBT, A ILGA lembra que a nação é conhecida pelos maus tratos com a população LGBT. “Não há justificação para visar desta forma, indiscriminadamente, pessoas que são consideradas membros da comunidade LGBT”, afirmou Evelyne Paradis, diretora executiva da ILGA.
“Estamos preocupados com o destino das vítimas destas rusgas, e apelamos à libertação imediata de todos que estejam ainda detidos”, completou ela em comunicado.
As autoridades do país do Cáucaso informaram que as prisões fazem parte de uma operação para combater a prostituição, revela o Grupo britânico de defesa dos direitos dos homossexuais, o Stonewall. Acredita-se que cerca de 50 LGBTs foram detidos nas últimas semanas, e este número tende a aumentar para centenas.
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Para a agência APA, Eskhan Zakhidov, um porta-voz do ministro do interior negou que as minorias sejam o alvo das operações, e sim, indivíduos que ameaçavam a ordem pública.“Os detidos são pessoas que mostraram falta de respeito em relação a outros, incomodaram cidadãos e as autoridades de saúde acreditam que transportam doenças infecciosas”, disse.
Apesar da homossexualidade não ser crime no país, o Azerbaijão é considerado um dos piores lugares na Europa para a comunidade LGBT, como revela inquérito da ILGA. As detenções aconteceram após a declarada perseguição no país vizinho, a Tchetchênia, onde acredita-se que cerca de 100 homossexuais foram torturados.