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7 perguntas que você nunca deve fazer para uma mulher lésbica

Publicado em 26/03/2019

A universa catalogou 7 frases e indagações clichês que são feitas para mulheres lésbicas. Confira:

1. Será que não é só uma fase?

“Sou casada há quatro anos e, quando assumi, amigos e familiares diziam que era apenas uma fase. Ser homossexual não é uma fase, porque conviver com preconceito e exclusão não é nada fácil, é um processo doloroso, que machuca muito, então, não passaria por isso por escolha. Nunca respondi, mas minha mente gritava: ‘Não é uma fase, eu sou assim!’. São comentários cheios de incompreensão, que ouvimos sempre.” Alyne Queiroz, 27 anos, jornalista.

2. Você se desiludiu com algum ex-namorado?

“Há sempre a ideia de que a mulher é lésbica porque foi malcomida. É algo ofensivo e desnecessário, como se o homem fosse a salvação da mulher, como se o homem pudesse mudar isso. Nasci assim, não vou mudar.” Cybelle Joanna Marques, 47 anos, analista financeira

A visão da especialista: “Existe uma falsa ideia de que a desilusão provocou essa ‘escolha’. Isso acontece porque levam em consideração apenas o relacionamento heterossexual. Não é uma escolha e duas mulheres podem se divertir e ter prazer juntas, sem a necessidade de um órgão genital masculino”.

3. Quer dizer então que você ainda é virgem?

“Minha namorada foi me buscar no serviço e o meu chefe, na época, viu a gente se beijando. No dia seguinte, ele veio me perguntar se eu ainda era virgem. Fiquei até meio assustada, porque parece que aquilo despertou algo nele.” Daniela da Silva Macedo, 23 anos, gerente de relações públicas  

A visão da especialista: “Parece que a virgindade está ligada ao hímen apenas. Isso pode realmente despertar um interesse masculino, como se aquela menina pudesse ser deflorada. Trata-se de mais uma ideia bem machista que ainda permeia nossa sociedade”.

4. Como são duas mulheres na cama?

“É uma falta de respeito fazer esse tipo de questionamento, mas me fazem, e muito! Perguntar coisas íntimas, querer saber detalhes, isso é um absurdo! Ninguém faz esse tipo de pergunta a um casal heterossexual, por exemplo, qual posição eles mais gostam. Isso é algo muito particular.” Monica Veronezi, 40 anos, escritora.

A visão da especialista: “Há uma ideia de que o órgão genital masculino define a relação, como se fosse possível sentir prazer apenas com a penetração. Sem ele, a mulher precisa prestar contas de como faz. É importante lembrar que relacionamento não se mantém apenas pelo sexo, envolve afeto, respeito e amor”.

5. Quem é o homem na relação?

“Ninguém interpreta nenhum papel, somos duas pessoas que se amam apenas, ‘fazer o papel’ de um ou de outro seria imitar um comportamento heteronormativo.” Regina Clara, 46 anos, empresária.

A visão da especialista: “Essa pergunta mostra que a pessoa quer imaginar a cena, acreditando que sempre é o homem que domina a relação. Mas ser ativo ou passivo não tem nada a ver com gênero, isso é da personalidade de cada um”.

6. Você é tão feminina, tem certeza que é lésbica?

“Essa pergunta me incomoda. No início, quis até me encaixar em ‘estereótipos esperados’, na tentativa de parecer ser. Mas entendi que, na verdade, as pessoas precisam entender e respeitar que orientação sexual vai muito além do físico.” Dalila Ramalho, 29 anos, pedagoga.

A visão da especialista: “A orientação sexual (atração) é totalmente diferente da expressão de gênero (como cada pessoa gosta de se vestir, por exemplo). Portanto, é um equívoco que uma lésbica deva ser obrigatoriamente masculinizada. Ela pode ser muito feminina, delicada, e se sentir atraída por outra mulher”.

7. Corro algum risco em ficar perto de você?

“As mulheres são bem preconceituosas, também. Ao saber da minha orientação, acham que correm algum risco: ou de se contaminar ou de eu querer agarrar, dar em cima. Mas não é nada disso, assim como as mulheres hétero não querem conquistar todos os homens que veem pela frente.” Cris Rodrigues, 47 anos, advogada

A visão da especialista: “É importante deixar muito claro que homossexualidade não é doença, por isso, não dá para transmitir ou ensinar alguém a ser gay. Outra coisa é que existe uma seletividade: vale lembrar que as pessoas se interessam umas pelas outras por um conjunto de fatores e não apenas por conta do gênero”.

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