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Médico gay que tratava pacientes com coronavírus morre nos braços do marido

Publicado em 03/04/2020

Na última terça-feira (31), o Dr. Frank Gabrin, médico estadunidense que tratava pacientes no Hospital de Nova Jersey, morreu nos braços de seu marido apenas uma semana depois de apresentar sintomas do coronavírus.

Ele estava reutilizando equipamentos de proteção individual ao atender pacientes devido à escassez. Gabrin, que tinha 60 anos, trabalhava em dois hospitais e estava na linha de frente da luta há duas semanas.

Segundo nota do CBS News, o marido de Gabrin, Arnold Vargas afirmou que a escassez de equipamentos de proteção individual acabava obrigando-o a reutilizar máscaras e aventais hospitalares entre cada paciente atendido.

“Meu marido era alguém que só queria ajudar as pessoas”, disse Vargas ao programa de Chris Cuomo. Gabrin morreu repentinamente depois de acordar com dores no peito e incapaz de respirar.

“Frank tossiu bastante e há dois dias estava muito doente”, disse Vargas. Na terça-feira, Gabrin acordou dizendo: “Querido, eu não consigo respirar”.

Ele havia mostrado os sintomas pela primeira vez cerca de uma semana antes, mas não havia sido testado para o vírus.

Lyons relata: “Ele não esperava que isso acontecesse. Ele realmente não esperava. Ele estava trabalhando duro, conversávamos todos os dias. Eu dizia ‘como está indo?’ Então respondia: ‘Ocupado, mas administrável’. E passou de gerenciável a incontrolável da noite para o dia.

Duas vezes sobrevivente de câncer, Gabrin dizia ao seu marido: “Eu posso lidar com isso. Eu sobrevivi ao câncer e isso é apenas o coronavírus.”

Depois de segurar o marido nos braços enquanto ele morria, Vargas agora está apresentando sintomas do coronavírus.

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