Falar de pessoas trans e discutir transexualidade dentro do ambiente universitário é algo que aos poucos está ganhando força. Recentemente, a robô “Amanda Selfie”, robô trans, foi desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em suma, veio com intento de atrair jovens para pesquisa de prevenção ao HIV.
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Nesse sentido, a transexual, Dani Balbi, primeira mulher trans doutora pela UFRJ, contou um pouco sobre esses obstáculos em entrevista à Epoca. “A transexualidade surge em minha vida ainda na infância, quando eu já sentia que existia algo diferente em mim. Na escola eu não tinha vontade de conviver com os meninos, como se espera, e eles também não me recebiam bem”.
Em relação ao contexto universitário, ela relata que tudo foi bem paulatino. “Minha jornada acadêmica começa depois que me apaixonei por literatura no colégio e entrei para o curso de letras na Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ), de onde eu não saí mais. Comecei a fazer pesquisas, fui monitora e depois de concluir a graduação emendei o mestrado e doutorado. Ao mesmo tempo, com o avanço do processo de transição que pressupõe o reconhecimento da identidade feminina, briga por reconhecimento e direitos em função de gênero, fui me consolidando como uma figura pública dentro da universidade”.
No entanto, ela ressalta que quer contribuir para história desse movimento. “A gente precisa se acostumar a ter mais professoras negras, transexuais, ocupando esses espaços de protagonismo. Quero muito contribuir para que a universidade seja sempre esse lugar de acolhimento e quebra de paradigmas”, diz ela.