No próximo dia 5, chega às plataformas digitais As Irrefreáveis Flores de Vida, disco de estreia de Ricardo Alves. O artista retira das próprias vivências de homem negro e gay a inspiração para as letras confessionais. Aliadas às sonoridades de rock e pop rock, criam um álbum de uma intensidade ímpar na música brasileira atual.
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Composto por 14 faixas autorais, o disco contou com produção musical do próprio Ricardo. Além disso, apresenta parceria com Guilherme Eddino – também cantor, compositor e multi-instrumentista -, que tem trajetória ao lado de nomes como Cida Moreira. “Bem incomum”, como classifica Eddino, o processo criativo da obra musical teve início em 2013, durante as aulas de técnica vocal que Ricardo fazia com o produtor.
Para Ricardo, As Irrefreáveis Flores de Vida é, sobretudo, “uma apologia sincera à vida. Vidas negras, das mulheres, da comunidade LGBT”, que o compositor aborda a partir da própria experiência de mundo.
“Sou preto, bicha, cis, homem, rondoniense, Brasil profundo radicado em São Paulo, migrante, de esquerda, classe média da era Lula. Quis encontrar no meu específico o que me extravasa. Nesse embate lindo entre a interioridade e a tradição, vasculhei em busca de sons e palavras para construir essa minha primeira obra.”, diz o compositor sobre o processo criativo.
Os preparativos para o lançamento tiveram início em janeiro, quando as plataformas receberam os singles Menino e São Paulo. No primeiro, Ricardo Alves canta o prazer erótico por um rapaz, em versos que tateiam o corpo masculino. Em São Paulo, um rock com influência setentista, Ricardo Alves canta sobre duas metrópoles: a primeira, interior, de sonhos, anseios e incertezas.
Destacam-se ainda, Latifúndio, inspirada na conturbada relação do compositor com seu pai, e Preta, uma homenagem à sua mãe.
Show de lançamento na Aparelha Luzia
A Aparelha Luzia, centro cultural e quilombo urbano de São Paulo, vai ser palco para o show de lançamento de As Irrefreáveis Flores de Vida. No dia 14 de abril, às 20h. A Aparelha promove festas, cursos, exposições e debates. Artistas como Leci Brandão, Cuti, Conceição Evaristo e Liniker já se apresentaram na casa.