Primeiro porta-bandeira homem, Anderson Morango vai desfilar com as cores da bandeira LGBT no desfile da Acadêmicos do Sossego, no carnaval deste ano. A escola de samba traz para a avenida a intolerância religiosa como tema.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
- Professor de Direito do interior da Paraíba é novo Colunista do Observatório G
Com o enredo “Não se meta com a minha fé. Acredito em quem quiser”, a agremiação vai discutir o respeito a todas as crenças e também outros tipos de discriminação.
Além disso, Anderson será perseguido por homens fantasiados de carrasco. O figurino será inspirado no nas roupas de membros da Ku Klux Klan, organização racista fundada nos Estados Unidos.
LEIA MAIS:
Blocos de Rua do Rio se unem em campanha contra o assédio no Carnaval
Apesar do anúncio, Xuxa ainda não assinou contrato para se apresentar no carnaval de SP
“No início, as mulheres não tinham espaço no carnaval. Eram só pastoras, mas lutaram e conseguiram. Acho que agora chegou a hora dos gays ocuparem seus espaços. Quero trazer essa reflexão. Escolhi o Anderson porque, ele se enxerga mulher, é porta-bandeira e demonstrou extrema competência para a função. Quero fazer uma homenagem à diversidade na avenida.”, afirmou Wallace Palhares, presidente da escola em entrevista ao G1.
Já Anderson, falou sobre a expectativa de entrar na avenida como o primeiro homem a portar o estandarte. “O enredo da escola fala sobre intolerância religiosa e nosso presidente quis testar até onde ia essa nossa intolerância com o outro, o preconceito dentro do carnaval. Ele fez o convite, achei estranho inicialmente, mas topei na hora. Gay não serve só para fazer fantasia, serve para dançar também”, assegurou. A Acadêmicos do Sossego é a última escola a desfilar na sexta-feira de carnaval.