A Câmara alta do Parlamento da Romênia aprovou, na terça-feira (11), a realização de um referendo que pode acrescentar na Constituição do país a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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A proposta foi a opção votada por larga maioria pela chamada câmara baixa e a consulta deve acontecer no dia 07 de outubro, e tem autoria de várias associações próximas da igreja ortodoxa, que afirmam terem recolhido três milhões de assinaturas com tal objetivo.
O argumento para os contrários à união civil homoafetiva é que o casamento é representado apenas “entre um homem e uma mulher”. Atualmente, o texto da Carta Magna do país refere apenas como uma “união entre os cônjuges”.
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Ativistas que lutam pelos direitos LGBT se mostraram contrários à iniciativa. A Associação Acept acredita que com o seu voto “o Senado romeno faz da homofobia um valor de Estado e sacrifica a proteção constitucional de numerosas famílias.” Caso a proposta seja sancionada, a entidade aponta que a mesma “representa uma violação do direito à vida privada e de família (…) que pertence a todos, seja qual for a sua orientação sexual.”
A Romênia é um dos 14 países que fazem parte da União Européia, que ainda não reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Assunto tabu em sua sociedade, a homossexualidade só foi descriminalizada em 2000. Entretanto, membros da comunidade LGBT continuam a sofrer com episódios discriminatórios.