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Professora vítima de transfobia troca indenização de R$ 20 mil por aula aos agressores

Publicado em 03/09/2018

A professora de matemática transexual Nathalha Claudinei Silva Nascimento trocou os números pela aula sobre gênero no Fórum de Justiça de Brasília, para 40 funcionários de uma pastelaria, da rodoviária da capital, que costumavam a tratá-la de forma discriminatória e transfóbica sempre que passava pela frente do local.

A atitude foi uma proposta feita pela educadora após processar o estabelecimento ao ser violentamente agredida por um dos colaboradores. “Eu não tinha outra alternativa. Para pegar o ônibus para casa, eu só podia passar em frente à pastelaria e tinha que aturar esses xingamentos”, lembrou ela que foi atacada em um dia no qual tentou conversar para pedir que parassem com os insultos.

“Fiquei sem reação. Humilhada, só me perguntava por que aquilo acontecera comigo. Estudei, trabalhei, tentei ser o melhor que pude, mas o fato de ser uma mulher transexual me fez construir toda a minha vida em cima do medo, desde criança”, desabafou em entrevista à BBC.

Ao procurar a Justiça, Natalha pediu inicialmente R$ 20 mil de indenização por danos morais. No entanto, durante a conciliação judicial, resolveu abrir mão da quantia e propor a chance de dar uma aula sobre questões de gênero a equipe da pastelaria. O funcionário responsável pela agressão física demitido.

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“Não tem dinheiro no mundo que valha a minha dignidade e respeito. Moro na favela mais perigosa do Distrito Federal e quero transitar livremente sem ter medo de morrer ou ser assassinada por ser quem sou”, disse. “Para mim, o único jeito de viver isso é pela educação, que pode transformar uma sociedade violenta, preconceituosa e corrupta”, continuou.

Natalha ainda se surpreendeu como foi recebida pelos seus novos alunos. Ao invés de cara fechada e rejeição foi bem recebida. “Só que eles chegaram abrindo sorriso e me dando boa tarde. Achei estranho, esperava bate-boca mas encontrei atenção. Até brinquei com eles que, quem aprendesse a lição de que ‘respeito não tem preço’ já estaria aprovado. Eles riram bastante”, contou. “Só que eles chegaram abrindo sorriso e me dando boa tarde. Achei estranho, esperava bate-boca mas encontrei atenção. Até brinquei com eles que, quem aprendesse a lição de que ‘respeito não tem preço’ já estaria aprovado. Eles riram bastante”, declarou.

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