O professor de Língua Portuguesa Arnaldo Rodrigues de Lima, que foi vítima de racismo e homofobia na semana passada no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) onde trabalha, prestou um depoimento ao Delegado do 4° Distrito Policial (DP), nesta quarta-feira (26).
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Na semana passada, o docente denunciou nas redes sociais que recebeu um bilhete anônimo deixado dentro do seu armário na instituição. “Caro professor, fica a dica: você é preto e viado (sic) , seu lugar não é na sala de aula”, diz a mensagem deixada supostamente por um dos alunos que ainda não foi identificado.
“É um impacto muito forte receber uma agressão deste tipo, e eu acho que o nosso papel enquanto professor é levar uma conscientização para os alunos que isso não pode acontecer”, afirmou Lima em entrevista para a EPTV.
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Apesar de desejar a punição do responsável pelo bilhete discriminatório, a vítima disse que não desejaria saber quem foi o autor do crime. “E falando pessoalmente enquanto Arnaldo, não como professor, eu não gostaria de olhar para a cara do meu professor, mas eu acho que se for possível ser identificado tem que identificar sim.”
Os demais estudantes ficaram indignados com a violência e demonstraram apoio ao professor. Um caderno com mensagens em solidariedade a Arnaldo foi escrito pelos jovens e entregue ao professor.