A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio (CEDS Rio) decidiu acolher quatro mulheres transexuais, que tiveram as suas identidades preservadas por motivos de segurança, refugiadas da grave crise política e econômica que afeta a Venezuela. Elas foram enviadas há cerca de um mês, pelo governo de Roraima, para o Rio de Janeiro, em um avião da FAB.
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Uma delas chegou a CEDS Rio com ferimentos, após ser agredida em Roraima. A líder do grupo, que fala e entende bem o português, sofreu uma tentativa de assalto no Rio, e teve a prótese dentária quebrada.
“Elas estão debilitadas emocionalmente e buscaram nosso apoio. A CEDS Rio atende à população mais vulnerável e respeita os tratados internacionais de direitos humanos que norteia o nosso trabalho”, ressaltou o Coordenador Municipal de Diversidade Sexual, Nélio Georgini.
As transexuais foram inscritas no programa da prefeitura Trans+Respeito, e estão recebendo apoio de assistência social e saúde, além de encaminhamento para possíveis oportunidades de trabalho. O projeto social já empregou 120 pessoas trans.
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Das quatro imigrantes, duas delas, antes de fugir da Venezuela, estudavam comunicação social, uma é formada em engenharia de alimentos, e a mais nova do grupo o equivalente ao ensino médio no Brasil.
Em parceria com a CEDS Rio, O núcleo de defesa dos direitos homoafetivos e diversidade sexual ( NUDIVERSIS) estão prestando orientações jurídicas e documentação. Temporariamente, as venezuelanas estão vivendo na Casa Nem, na Lapa, centro do Rio, espaço que acolhe LGBTs expulsos de casa ou sem situação de rua, principalmente homens trans, mulheres transexuais, e travestis.