Com 13 mil seguidores, o perfil do Instagram Sociedade LGBT (@sociedade_lgbt) é uma das páginas que mais desponta nas redes sociais pelo seu trabalho ativista trazendo informações e curiosidades sobre o universo da diversidade. O cérebro por trás da página é o goianiense Capitão Greg, ator e transformista com o título de terceira melhor rainha junina de Goiás, como Morgana Ferraz. Há quatro anos criou o canal que se tornou referência nos perfis do gênero. Em entrevista exclusiva ao Observatório G, ele contou como surgiu a ideia de lançar a página.
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“Comecei a usar o Instagram em 2013 e conheci perfis voltados ao público gay, e eu gostei muito, aí me deu muita vontade de criar um também, na época chamava Insta Gay. Voltado mais aos homens gays com publicações de teor romântico. Só que no final do mesmo ano entrei em conflito com minha sexualidade, decidi apagar o perfil. No ano seguinte, eu estava a toa no trabalho e decidi criar um perfil que englobaria todo o público LGBT e não somente homens gays que seria usado para lutar pela causa LGBT, o primeiro nome que veio na cabeça foi ‘Sociedade LGBT’, e estou com ela até hoje, só que melhor e mais madura do que no início”, analisou.
Sobre a contribuição que o perfil traz para a comunidade LGBT, Greg explica que faz um trabalho de acolhida para uma população tão massacrada pela sociedade. “Diariamente algum LGBT é agredido ou assassinado por causa de sua orientação ou identidade de gênero, muitos são expulsos de casa por suas famílias que não os aceitam. Então essas pessoas precisam ser acolhidas, é o que faço. Eu transmito amor através das minhas postagens para que essas pessoas saibam que por trás daquele perfil existe alguém ao seu lado, transmito autoestima aos que sofrem ou sofreram algum tipo de agressão e levo informações sobre o que acontece no meio LGBT”, explicou.
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Sobre como analisa a comunidade LGBT atual, o digital influencer reconhece os avanços, mas acredita que muita coisa deve ser modificada. “A comunidade LGBT em si evoluiu muito, são muitos anos de luta e conquistamos muitos direitos. Hoje temos uma visibilidade muito maior porque uma hora tínhamos que dar esse ‘sacode’ para ver se param de nos matar e aprendam a nos tratar com respeito. Ainda temos uma estrada longa para percorrer, mas enquanto não darmos as mãos e lutar unidos, nunca conseguiremos chegar onde queremos”, afirmou.
“Eu acho que falta união entre os próprios LGBTs, existe muita picuinha, muita rivalidade e até mesmo inveja e fofocas paralelas nesse meio e isso é o que mais nos enfraquece e dificulta a caminhada. Vamos ser muito mais fortes e conseguiremos atingir nossas metas quando aprendermos a deixar de lado as brigas e lutarmos todos juntos”, completou.