O Tribunal da Igualdade na Cidade do Cabo, na África do Sul, através do juiz Lee Bozalek, ordenou a prisão do pastor Oscar Bougardt, líder da Igreja local Calvary Hope, por fazer comentários públicos discriminatórios contra homossexuais. As informações são do site News:24.
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O religioso foi condenado a 30 dias de reclusão, além de multa no valor de 500 mil rands, (cerca de 140 mil reais) por ter considerado a infração de desacato ao Tribunal ao desobedecer a determinação que o proibia de fazer comentários contra gays.
De acordo com Bozalek, o discurso do pastor “instilava o ódio e era claramente discriminatório”. Ele inclusive já havia respondido outro processo pela Comissão de Direitos Humanos da África do Sul em 2014, após ter feito declarações LGBTfóbicas.
Entretanto, nesta ocasião Bougardt não cumpriu pena por ter assinado um acordo onde se comprometeu a não fazer mais os comentários contra membros da comunidade LGBT.
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O estopim para a reabertura do processo foi uma declaração feita por Bougardt em uma entrevista ao canal News24. “Por que devemos ser tolerantes com seu estilo de vida criminoso? Eu estou dizendo isso porque está provado que 99% dos pedófilos têm estilo de vida homossexual”, disse ele na ocasião.
Na sentença, o juiz afirmou que declaração como essa não apenas causa uma desumanização contra gays e “lésbicas, como também promove ódio contra eles, sugerindo o apedrejamento”.