Apesar das reivindicações da comunidade LGBT local, o Paraguai não deve mudar as leis que impedem os direitos LGBTs na próxima gestão governamental que será eleita neste domingo (22). Os dois candidatos à presidência do país se mostraram contra questões como a legalização da união homoafetiva e o aborto. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
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Mario Abdo Benítez, governista do Partido Colorado, sempre manifestou uma posição contrária ao casamento gay desde o início da sua campanha. Já Efrain Alegre, do Partido Liberal, chegou a cogitar a aprovação de direitos das uniões de pessoas do mesmo sexo, caso fosse eleito. Porém, mudou de opinião ao longo da corrida eleitoral, mesmo em contraponto ao parceiro de coalizão, o esquerdista Frente Guasú.
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Ambos os presidenciáveis também são contra o aborto a menos que seja na única condição legal vigente no país, que é o de risco de morte da mãe. Ativistas dos direitos das mulheres lutam para que as resoluções sejam modificadas, ao menos em casos como estupro, como já acontece no Brasil. Porém, se depender dos candidatos essa realidade deve continuar até pelo menos 2023.
Diante das posições contrárias, as pessoas LGBTs e a favor dos direitos feministas ficaram confusas em quais candidatos votar nas urnas. O Paraguai é o único país que faz parte do Mercosul que ainda não regularizou as uniões gays. Porém, tanto Benitez quanto Alegre tem o amparo da lei, já que a Constituição reconhece como casal, apenas aqueles formados por homens e mulheres.