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Listas que elegem supostos “gays” e “p*tas” de cidade em Minas expõem vítimas e causam constrangimento

Publicado em 12/01/2018

Duas listas de cunhos machista e homofóbico começaram a circular nos perfis do WhatsApp de pessoas e grupos de Muzambinho, localizada na região sul de Minas Gerais. Em formato de ranking, as mensagens elencavam “as mais putas” e “os mais gays” da cidade, causando constrangimento a muitos habitantes, dentre eles menores de idade.

“Primeiro começou a circular a lista do ‘mais chato’ da cidade. Todos levaram na brincadeira. Mas na última terça-feira um menino com quem eu tenho um caso me enviou uma mensagem contando sobre a lista das ‘mais putas’. Eu estava em primeiro lugar e ele me perguntou: ‘O que você está fazendo?’”, contou uma das mulheres assediadas que teve sua vida completamente modificada após a exposição nas redes sociais, assim como de outras mulheres, algumas até passaram a evitar sair às ruas com vergonha e ficando reclusas em casa.

Com uma cidade de pouco mais de 21 mil habitantes, as informações correram rapidamente. “Algumas estão inconsoláveis. Só choram. Outras tiveram namoros prejudicados por causa da lista. Para piorar, existe um boato de que lançaram a lista dos ‘mais chifrudos’”, disse outra vítima que teve o seu nome incluso.

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O caso está sob investigação da Polícia Civil, o delegado Silvio Sergio Domingues disse à reportagem do site EM que acredita que a lista começou a circular em algum colégio do município. “Estão circulando esse tipo de listas nos municípios próximos. Começou com ‘os mais chatos’ de Guaxupé. Depois disso, criaram os ‘mais gays enrustidos’ e, agora ‘as mais putas’. Suponho que a lista tenha começado em algum colégio da cidade. Mas, a partir do momento que passa a circular no WhatsApp, perde-se o controle.”

“É preciso que, além do registro do boletim de ocorrência, as vítimas venham à delegacia para assinar um termo de responsabilidade para a abertura do inquérito”, ressaltou o delegado.

Já sobre a lista dos “mais gays”, por enquanto não foi registrada nenhuma denúncia. Em apoio às vítimas um texto começou a viralizar no Facebook, que tem recebido muitas curtidas e compartilhamentos. “Quando li aquela lista pensei: quem não é puta? Toda mulher é considerada puta na boca de alguém pelo simples fato de ser mulher ou de não ser o modelo de mulher imposta pela cultura”, escreveu uma internauta.

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