Cerca de 200 vagas de emprego destinadas a pessoas transgêneros, foram oferecidas nesta segunda-feira (29), em ação pelo dia da Visibilidade trans, em Porto Alegre. A ação faz parte de uma iniciativa da Coordenadoria da Diversidade Sexual e Gênero da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte.
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Apesar das oportunidades, ativistas ressaltam que também é necessário preparar empregadores e funcionários para combater o preconceito e também melhor acolher esses profissionais, de maneira que possam garantir a permanência desses funcionários nos postos de trabalho.
“Essas iniciativas são boas, mas preocupa o quanto as pessoas estão disponíveis para acolher o trans no mercado de trabalho. Tem cuidados a serem tomados. É preciso que as pessoas estejam conscientes para que eles permaneçam nesse ambiente ”, afirmou Vicente Goulart, da ONG Somos, em entrevista ao Click RBS.
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Goulart ainda apontou que vários fatores se mostram como empecilho à entrada de pessoas trans no mercado de trabalho. “A pessoa pode não ser só trans: pode ser gay, lésbica, negra, viver na periferia. E o preconceito está bem enraizado. Existe um senso comum que os relaciona à prostituição. Às vezes, a pessoa é qualificada, passa por todas as etapas, mas quando apresenta sua documentação as coisas começam a mudar”, contou.
O ativista ressalta também a criação de uma legislação que possam garantir o acesso de trans no mercado, como a reserva de vagas. “O que se tem é um capítulo específico destinado à proteção do trabalho da mulher (na Consolidação das Leis do Trabalho), que tem uma área forte falando sobre a discriminação do trabalho. E se entende que toda a política de proteção é amplamente extensiva a qualquer tipo de discriminação, com base na Constituição Federal. Mas isso é mais em relação a quem já está empregado.”