Um casal gay deu um exemplo de solidariedade ao atender inúmeros desejos de crianças da cidade de Nova York, que enviaram cartas destinadas ao Papai Noel, porém endereçadas a eles.
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Por alguma razão desconhecida, Jim Glaub e David Parker passaram sete anos recebendo pedidos ao bom velhinho que chegavam ao seu endereço. Moradores do bairro do Chelsea, as correspondências viraram rotina nesta época do ano desde 2009, quando se mudaram para o local.
O equívoco era antigo, assim como inquilinos anteriores chegaram a alertá-los sobre o fato. “Nunca responderam porque eram apenas três ou quatro cartas por ano”, contou Glaub à revista People.
Porém a partir 2011, a situação começou a sair de controle. Naquele ano, o número saltou para incríveis 450 cartas, e fizeram o casal repensar a respeito do destino que poderiam dar à elas. Dentre os pedidos, estavam itens básicos como agasalhos, alimentos e calçados, o que os tocou profundamente. Uma carta em particular deixou Glaub mais impressionado: a de um menino que pedia uma cama para o bom velhinho. “Isso foi como um soco no estômago”, contou.
O desejo foi o estopim para dar início a um projeto que cresceu e hoje recebe apoio de voluntários de várias partes do planeta, que os ajudam a escolher as cartas e enviar os presentes, que desde então foi estabelecida a meta de não deixar nenhum daqueles pedidos sem resposta.
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Com a ajuda de amigos próximos, o casal conseguiu bater a proposta, mas o programa aumentou o número de ajudantes a partir da criação de uma página no Facebook, a Milagre na Rua 22, na qual puderam também contar com o auxílio de outras pessoas dispostas a fazer o bem.
A iniciativa ganhou popularidade e chegou a chamar a atenção de Hollywood, onde um filme, com direção de Tina Fey, já começou a ser produzido e deve chegar aos cinemas em 2019.
Hoje, Glaub e Parker não moram mais na casa, e sim em Londres, mas nem por isso deixam de tocar o projeto. Com a ajuda do mais atual morador do imóvel, eles conseguem coletar as cartas. E um amigo deles que vive em Nova York reúne os papéis para enviar ao casal e disponibilizar no site.
Para Jim, o trabalho voluntário se tornou uma missão e que não há mais como voltar atrás. “Temos que responder as cartas. É simplesmente uma parte de nossas vidas”.