Casais LGBTs alemães que estavam querendo trocar alianças, puderam a partir de hoje se casar. É que através de uma lei anunciada em julho, a Alemanha se tornou o 15º país do mundo a permitir o casamento homossexual.
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A Associação alemã de gays lutava desde 1990 a favor do casamento homossexual. “Ganhamos uma batalha em 2001 com a aprovação da união civil contra a posição da Igreja protestante, abrindo uma primeira brecha na instituição matrimonial”, afirmou Joerg Steinert, membro da Associação de Gays e Lésbicas da Alemanha.
“Paradoxalmente, foi a religião que abriu caminha para o avanço atual: sem o apoio da Igreja protestante, que há anos já havia decidido celebrar casamentos homossexuais religiosos em algumas regiões, (o processo) poderia ter sido mais longo”, conta Steinert.
Em diversas cidades, as primeiras uniões entre homossexuais foram realizadas no país. E mesmo sendo feriado na Alemanha, as prefeituras de Berlim, Hamburgo e Frankfurt permanecerão abertas para a ocasião.
Em Berlim, os pombinhos Karl Kreile e Bodo Mende ficaram famosos por terem sido o primeiro casal gay a fazer um contrato de união civil.
As primeiras bodas acontecerão em clima tranquilo, apesar da oposição conservadora da direita nacionalista da AdF, que obteve resultados históricos nas últimas eleições no país. Ironicamente a presidente do partido é codirigido por uma lésbica militante chamada Alice Weidel, mãe de dois filhos adotados.
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A medida foi aprovada pela primeira ministra Ângela Merkel após anos de oposição no país. Especialistas apontam que foi a proximidade das eleições de setembro que colaboraram para a aprovação do casamento gay. Inicialmente contra a lei, Angela Merkel surpreendeu em junho ao autorizar seus deputados a se manifestarem a favor do casamento gay, tirando dos rivais social-democratas a possibilidade de usar o tema como arma eleitoral.