A decisão judicial que reverte uma resolução de 01/1999 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), e autoriza profissionais da área a tratar a homossexualidade como doença, foi um dos assuntos abordados no programa Encontro com Fátima Bernardes, desta quinta-feira (21). Dentre os convidados, o pai da jornalista Fernanda Gentil, que há um ano assumiu o namoro lésbico com Priscila Montandon, comentou sobre o processo de aceitação da sexualidade da filha.
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“A minha história com essa situação não foi de uma aceitação instantânea. Passei por um processo, durante um tempo, porque eu passo por um processo desde que a Fernanda e o Felipe nasceram, que é de aprender a ser pai. A lição mais bonita da minha vida. E eu aprendi, com vários eventos da minha vida, que uma das artes de ser pai é não colocar a nossa verdade no mundo deles, mas aceitar a verdade deles para o nosso”, afirmou Gentil sendo aplaudido pela plateia.
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Como Fernanda já havia contado em entrevista a um programa de rádio, Maurício explicou que precisou de um tempo para se adaptar a nova realidade. “Pedi a Fernanda que esperasse um pouco, queria passar por um processo de digestão da situação. Não seria hipócrita de dizer: ‘Minha filha, uhu. Sempre quis’, mas aconteceu e no meu aprendizado coloquei mais um ponto: vou aprender a ser pai hoje, amanhã e sempre”, disse.
Ainda na sua participação no matinal da Globo, Maurício lembrou como a apresentadora do Esporte Espetacular abordou a questão em casa. “Ela ficou muito angustiada para me contar e, por força das facilidades tecnológicas, me contou por mensagem, um dia, à noite. Foi muito surpreendente. Minha opinião é que a Justiça não existe para arbitrar sentimentos e muito menos a medicina para tratá-los”, finalizou.