A pesquisa Mosaico 2.0, encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo revelou dados sobre a sexualidade, a partir de 3.000 entrevistas. O levantamento foi comandado pela psiquiatra Camila Abdo, da Universidade de São Paulo (USP), e patrocinado pela farmacêutica Pfzer.
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De acordo com Abdo, a pesquisa chegou à conclusão de que o comportamento sexual é distinto a depender de cada subgrupo analisado (homens e mulheres, definidos como homossexuais, heterossexuais e bissexuais). Para ela, uma das vantagens da resposta está no auxílio para identificar os problemas e elaborar estratégias para cada um dos conjuntos, em particular.
O estudo ainda revelou que existe pouco apelo ao uso de preservativos entre mulheres lésbicas, apesar de haver dados que comprovam a possibilidade de contágio as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), entre elas. Já os homens gays e bissexuais são campeões no uso da camisinha.
“Os homens gays tendem a se cuidar mais, se alimentar melhor, ir mais à academia. As mulheres homossexuais são mais ‘largadas’ nesse quesito, têm mais DSTs e doenças cardíacas do que os heterossexuais, não vão ao médico, têm mais câncer de mama e, sobretudo, têm mais depressão –por causa do estigma”, analisa Camila.
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Outro dado revelador sobre as mulheres lésbicas é que elas costumam fazer sexo sem vontade, comportamento identificado de forma semelhante pelas heterossexuais, já que 58% dizem praticar sexo com frequência. A maior parte das entrevistadas do sexo feminino confessaram fingir orgasmo alguma vez, independente da orientação sexual. Já entre homens, esta parcela cai consideravelmente, sobretudo entre os heterossexuais.
A pesquisa também elimina a máxima de que homens gays tem uma vida mais “livre”. “Hoje o homossexual quer casar e ter filhos. E o bissexual é tão, tão eclético que só eles para terem esse comportamento ‘mais livre’, em vários aspectos.”, avalia Abdo.