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Ufac abre processo para investigar professor após denúncias de homofobia

Publicado em 20/07/2017

A Universidade Federal do Acre (Ufac) informou que irá abrir um processo administrativo para averiguar as denúncias feitas por alunos do 2º período do curso de jornalismo, contra o professor Mauro Cesar Rocha, que teria feito comentários homofóbicos durante uma aula da disciplina que leciona para a turma: Sociologia da Comunicação.

A direção da instituição de ensino afirmou que irá aplicar, caso necessário, as medidas cabíveis, e penalidades previstas no seu Regime Interno. De acordo com nota divulgada pelos estudantes, em uma matéria sobre capitalismo, o docente disse que homossexuais inventaram a Aids, e que mulheres lésbicas são frutos de abusos cometidos por seus pais.

Em comunicado, a Ufac disse que “repudia qualquer ato de racismo, preconceito e discriminação social, seja de identidade étnica, sexual, de gênero, religiosa ou de qualquer outra natureza, que venha ferir o direito de qualquer cidadão”, declarou a universidade através do Centro acadêmico de Jornalismo.

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“Repudia, também, o ensino baseado em opiniões pessoais sem o devido fundamento teórico ao qual se destina a formação acadêmica. […] tal atitude destoa da imagem ora fortalecida e que a cada dia cresce em prol do bem-estar individual e coletivo baseado no respeito mútuo.”, completa a nota.

Um aluno que preferiu não se identificar relatou que o professor culpou o homossexualismo, como um dos motivos para o capital desregulado. Alguns universitários, deixaram o local por se sentirem ofendidos com as palavras de Rocha.

Leia a nota de repúdio na integra:

No dia 12 de julho de 2017 os alunos do segundo período do curso Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) vivenciaram uma situação abusiva dentro da sala de aula. O professor de Sociologia da Comunicação, no exercício de suas atividades docentes, proferiu discurso que fere princípios básicos da dignidade da pessoa humana.

Com discurso claramente homofóbico, o citado professor fez as seguintes afirmações: “os homossexuais inventaram a AIDS”, “mulheres lésbicas são frutos de abusos dos pais”, “homossexualidade é uma anomalia genética”, “gays não podem adotar” e finalizou com “ser gay é uma opção”. Ao ser questionado por um dos alunos presentes, o docente respondeu: “eu não sabia que aqui nessa sala tinha essas coisas”, referindo-se aos alunos homossexuais da sala como meros objetos. 

O Centro Acadêmico do Curso de Jornalismo (CACJ) repudia todo e qualquer discurso de ódio por parte de docentes, discentes, servidores ou quaisquer membros da sociedade, seja no âmbito acadêmico, profissional ou social. Repudia, também, o ensino baseado em opiniões pessoais sem o devido fundamento teórico ao qual se destina a formação acadêmica.

Ressalte-se que o CACJ tem ciência da relação construída entre alunos e professores ao longo dos 15 anos de existência do curso de Jornalismo e que tal atitude destoa da imagem ora fortalecida e que a cada dia cresce em prol do bem-estar individual e coletivo baseado no respeito mútuo.

Como jornalistas em processo de formação, aprendemos que é nosso dever ético opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e estaremos acompanhando o desenrolar dos procedimentos e tomando as providências cabíveis.

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