O professor de língua portuguesa, Lucas Solano, de 28 anos, alegou em entrevista ao jornal Metropoles, ter sido demitido do colégio JK, de Brasília, no Distrito Federal, nesta quarta-feira (05), após se vestir de drag queen em uma gincana da escola. Ele acredita que o motivo do desligamento seria por causa da sua orientação sexual.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Mocha Celis, uma escola com afeto e esperança
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
“Eu não escondo quem sou nem para o corpo escolar nem para ninguém. Acho que, na era da autoafirmação, como a que vivemos, ninguém deve ser menos do que é. Mas o fato é que as diretorias nunca gostaram disso, e isto ficou bem claro com essa minha demissão desmotivada, um dia após eu me caracterizar de drag queen na gincana da escola. Não estou pedindo que todos me adorem, mas que me respeitem, principalmente enquanto profissional”, declarou.
Leia Mais:
Integrante da LCD Soundsystem revela ser mulher trans
Kylie Jenner usa filtro de Anitta no Snapchat e brasileira comemora
De acordo com Solano, que trabalhava na instituição há quatro anos em turmas de ensino fundamental e médio, um grupo de alunos pularam em cima dele, após vencerem uma prova, durante a atividade na qual se montou como performer, na última terça-feira (04). O docente afirma ainda que após o ocorrido se levantou e pediu para que os garotos se afastassem.
Lucas ainda acusou a escola de lhe dever débitos trabalhistas antigos. “Nunca depositaram uma parcela minha do FGTS. Conhecidos que foram demitidos há seis meses só estão recebendo o valor do acerto agora. A escola não respeita seus profissionais”, disse.
O colégio JK negou em nota publicada em seu perfil no Facebook que a demissão de Solano tenha sido motivada por preconceito, e ressalta que a instituição é contra qualquer tipo de discriminação. No entanto, o post recebeu cerca de 800 comentários, a maioria com críticas a posição da escola. Diante da repercussão negativa, a postagem foi apagada da página.