Um exame de DNA realizado pelo Instituto Médico Legal de São Paulo (IML) confirmou que o corpo carbonizado encontrado em um canavial na cidade de Cravinhos, interior de São Paulo, em janeiro, é mesmo de Itaberlly Lozano, de 17 anos, morto pela mãe e o padrasto por ser gay, em dezembro.
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Com o resultado do laudo foi divulgado nesta quinta-feira (13), os restos mortais do adolescente foram liberados à família, e um sepultamento está marcado para acontecer nesta sexta-feira (14), seis meses após o crime.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe do jovem Tatiana Ferreira Lozano Pereira, de 33 anos, planejou a morte do filho, e chegou a contratar três homens para assassinar o próprio filho, por não aceitar sua homossexualidade. Além de ter contado com ajuda para executar o crime em 29 de dezembro de 2016, do marido, Alex Canteli Pereira para ocultar o cadáver.
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Quem ajudou a mãe foram Victor Roberto da Silva, de 19 anos, Miller da Silva Barissa, de 18 anos, e uma garota de 16 anos. Itaberlly foi atraído para a casa, onde foi morto com facadas no pescoço pela própria mãe. Antes disso, os outros criminosos tentaram matar a vítima com espancamento e enforcamento, mas a mãe se precipitou já que o filho estava resistindo. Então, ela e o marido levaram o corpo até o canavial, onde atearam fogo.
Seis dias antes de ser morto, Itaberlly havia publicado na internet sobre a homofobia que sofria: “Lembrando que essa mulher que eu chamava de mãe me espancou e colocou uma renca de mlk [moleques] atrás de mim para me bater, me pôs para fora de casa e me deu uma pisa [surra], sabe por quê? Porque eu sou gay”. Tanto o casal quanto os dois jovens maiores de idade estão presos, e a adolescente segue em custódia. A próxima audiência está marcada para o dia 2 de agosto.