Em um bar da região leste de Belo Horizonte, em Minas Gerais, a garçonete Juliana Aparecida Ribeiro da Silva foi vítima de homofobia enquanto trabalhava, na última sexta-feira (22). De acordo com um relato publicado nas redes sociais, um casal de clientes se recusou a ser atendido por uma “sapatão”.
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Quem divulgou o caso foi outra cliente do bar Chopp, Nathalia Trajano, que também estava sendo atendida por Juliana e não tinha quaisquer reclamações a fazer. Então, a garçonete se aproximou dela e seu grupo de amigos “com lágrimas nos olhos” para avisar que não os atenderia mais. Quando perguntada sobre o motivo, ela explicou que um casal no estabelecimento havia dito que “não queria ser atendido por uma sapatão”.
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A funcionária contou ao programa Hoje em Dia, da Record, o que aconteceu. “Quando fui pegar a garrafa de cerveja na mesa do casal, o homem tomou da minha mão e disse que não queria que eu o atendesse. Ele estava descontrolado e disse ‘saia da minha mesa’. Eu fiquei totalmente paralisada”, declarou. Em seguida, ela pediu ao gerente para que ficasse no segundo andar enquanto esperava que o casal fosse embora. Foi aí que avisou a Nathalia que iria se retirar.
Nathalia e vários outros clientes se incomodaram com a situação e iniciaram uma discussão com o casal; o homem chegou a admitir o preconceito. A polícia foi chamada, mas o casal foi embora antes que eles chegassem. “O bar? Recebeu a conta dele e ainda tentava ajudar o criminoso sair da cena. O gerente e segurança o tempo inteiro preocupado com tumulto no bar”, dizia o relato de Nathalia.
Procurado, o proprietário do estabelecimento afirmou que procura tratar todos igualmente e que a decisão de mudar de área de atendimento e não prestar queixa foi exclusiva da garçonete.