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Manifestantes fazem ‘beijaço gay’ em bar de Campinas contra homofobia

Publicado em 22/01/2017

Estudante de 19 anos diz ter sido expulso do local por abraçar o parceiro.

Um jovem de Campinas (SP) afirma ter sido vítima de homofobia em um bar de Campinas (SP). O caso aconteceu na quinta-feira (12), no Sinfonia Bar, no bairro Cambuí. Neste sábado (21), como forma de protesto, cerca de 100 pessoas participaram de um “beijaço gay” na frente do estabelecimento. Procurado pelo G1, o dono do espaço disse que não iria comentar o ocorrido.

O estudante Fernando Marques, de 19 anos, disse que estava acompanhado de seu parceiro na quinta-feira quando entrou no local para comprar uma bebida e foi abordado e ameaçado pelo dono do estabelecimento.

“A gente queria beber e fomos naquele bar. Entramos no bar, e eu entrei de mãos dadas com o menino que estava comigo. Assim que entrei, eu percebi o dono olhando feio pra mim, e até pensei que fosse impressão minha”, diz.

Ele conta que em seguida, os dois saíram do estabelecimento e ficaram na calçada, do lado de fora, aguardando uma carona.

“Nós ficamos abraçados. O dono do bar saiu e falou ‘vocês vão ficar se pegando aqui mesmo?’. Eu perguntei qual era o problema, se era por sermos dois homens, e ele falou ‘é lógico’”, relata Marques.

O jovem disse que pensou em afrontar o dono do local, mas teve receio de outra represália.
“Eu fiquei com medo porque essa pessoa que expulsa pode ser a mesma que mata. É o que eu falo, são atos assim que gera violência, acho que isso impulsiona para acontecerem as coisas que vêm acontecendo”, pontua. O jovem pretende registrar um boletim de ocorrência sobre o caso.

Beijaço

Após o ocorrido, o amigo de Marques, o designer gráfico Renan Bittencourt conta que teve a ideia de fazer uma manifestação para não deixar o caso passar em branco. “Eu fiz o evento no Facebook como forma de protesto e acabou repercutindo muito mais do que eu esperava”, destaca.

Apesar de morar em Itajaí (SC), ele explica que se sentiu responsável pela manifestação ao perceber que muitos se engajaram com a história. Cerca de 1,1 mil pessoas demonstraram interesse em participar do evento criado em uma rede social.

Com o apoio de transexuais, travestis, héteros e simpatizantes, Bittencourt afirma que teve facilidade em encontrar interessados em se manifestar contra o preconceito.
“O nosso objetivo é mudar a mente das pessoas, fazer perceberem que merecemos o mesmo direito de todos, inclusive de demonstrar afeto em público”, explica.

Protesto

Na tarde deste sábado (21), de acordo com a organização, cerca de 100 pessoas participaram de um “beijaço” em frente ao bar como forma de protesto. O estabelecimento estava aberto, mas não houve tumulto. Para a Polícia Militar, que acompanhou o ato, foram 50 manifestantes.

A jornalista Lara Pertille disse que decidiu participar da manifestação ao conhecer o evento numa rede social. “Eu sou solidária, tenho empatia pela dor do outro. Foi um gay que sofreu essa discriminação, eu sou uma mulher transexual, então, eu também poderia ter sofrido […] como militante, uma mulher transexual, eu milito todos os dias a partir do momento que eu coloco meu rosto na rua”, declara.

Já a estudante Letícia Benegrides conta que também foi para a manifestação para apoiar a causa. “Acho que Campinas é uma cidade extremamente homofóbica, então é muito importante atos como esse, porque a gente pode ajudar a população LGBT”, conclui.

Fonte: G1

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