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Em evento na Alesp, Sâmia Bomfim fala sobre LGBTfobia e lembra de Marielle

Publicado em 01/07/2019

De André Leite Suzano

A deputada federal do PSOL, Sâmia Bomfim, foi uma das convidadas especiais da Bancada Ativista para discursar na audiência pública “Políticas LGBTs: Avanços e Retrocessos”, na última quinta-feira (28).

Durante o evento, Sâmia discursou e alertou os presentes de que o Congresso pretende apresentar uma PL que vete os religiosos e deputadas da punição por cometer o crime de homofobia. Em entrevista ao Observatório G, a deputada fala sobre as dificuldades de lidar com um governo totalitário como o de Bolsonaro e relembra o assassinato de Marielle Franco.

Sâmia, de quem veio a ideia de montar esta audiência especial na ALESP?

“Eu tenho um contato forte com o pessoal da Bancada Ativista e quando eu atuava como vereadora, nós já tínhamos feito uma audiência com o mesmo assunto. Hoje nós queremos estender isso para o âmbito federal, tendo em vista que o atual governo no Brasil possui um discurso LGBTfobico e não tem vergonha de declarar isso. E nós celebramos também a criminalização da homofobia pelo STF.”

Recentemente, a sua colega de partido, Erica Malunguinho, fez ressalvas sobre a criminalização da homofobia pelo STF ao dizer que apenas isso não irá extinguir o problema da discriminação e violência com a comunidade LGBT. Você concorda e acredita que ainda é preciso investir em políticas públicas sobre o assunto?

“Olha, eu acho que esta decisão é um marco na justiça brasileira para a comunidade. Pela primeira vez o Estado afirmou e assumiu que existem violências especificas à população LGBT no Brasil. É fato que nós seríamos hipócritas ao afirmar que apenas a penalização daqueles que se manifestam de forma homofobia irá mudar a situação no país. Ainda é preciso pensar em políticas publicas que sejam antecessoras à punição. É preciso pensar numa educação que combata a homofobia e isso passa por ensinos de diversidade nas escolas e faculdades, também. É preciso investir na empregabilidade para os integrantes desta comunidades, e principalmente os transexuais. Eu ouço muito a queixa de que não há oferta de trabalhos dignos para estes.”

De que forma você e o PSOL atua no combate às fake news após as inúmeras ameaças de morte que Jean Wyllys sofrera?

“A saída de Jean do Brasil foi primeiramente muito triste para nós. Em primeiro lugar nos comoveu, mas ao mesmo tempo nos obrigou a estudar e investir em inteligências de combate à mentiras e informações tendenciosas nas redes sociais.”

E o que é esta inteligência de combate à fake news?

“A nossa equipe de comunicação estuda o tema e se especializa cada vez mais na utilização de mídias sociais. Por exemplo, por muitas vezes nós contribuímos com a proliferação da mentira ao citarmos-na de qualquer forma numa rede social. Hoje é preciso saber como ‘atuar na internet’. É preciso também termos ainda mais cuidados na segurança de nossa militância e parlamentares. Hoje, o PSOL tem 3 deputados que utilizam do serviço de escolta armada: David Miranda, Marcelo Freixo e Talita Perone. A deputada Talita utiliza este recurso em Brasília mas o governador do Rio de Janeiro não concedeu este direito a mesma no estado.”

E você sente que estas ameaças aumentaram? Sempre foi preciso a utilização de escolta armada para deputados?

“O meu companheiro do PSOL, Marcelo Freixo, por exemplo, utiliza este serviço há 10 anos devido ao seu trabalho impecável de desmanche das milícias no Rio de Janeiro… Algo que demanda quase que automaticamente essa segurança. Mas hoje em dia com o aumento das mídias as formas de ameaças se proliferaram. Agora nós estamos vendo o caso do David Miranda que é uma forma clara da homofobia, algo que Bolsonaro alimenta para manter perto de si os seus eleitores mais fiéis. E é claro que estas violências cibernéticas com David se intensificaram após as investigações que estão desmoronando a Lava Jato e podem mudar o rumo do demais anos do governo.”

Como estão as investigações do caso Marielle e como é que o seu partido está atuando?

“Depois que os homens que apertaram o gatilho foram presos, nós tivemos a primeira parte deste processo desvendado; o que não é nada ainda comparado ao tempo que demandou até esta ação. Já fora revelado também que houve atuação para atrapalhar o processo de investigação. É preciso muita cautela e consistência para se chegar até o nome de quem é o mandante deste assassinato. É evidente que existem nomes de poder por trás disso. Tem muita gente de milícias e até políticos nessa sujeira. O PSOL mantém o seu trabalho de fiscalização pois se não descobrirmos quem mandou matar e por que matou Marielle Franco, não há democracia no Brasil.”

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