Por Leandro Lel
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Professor de Direito do interior da Paraíba é novo Colunista do Observatório G
- Sair do armário, qual o real significado ?
- Matheus Ribeiro é pré-candidato a prefeitura de Goiânia
Primeira bailarina trans do Theatro Municipal de São Paulo, Márcia Dailyn estudou no The Royal Ballet em Londres. Em 2019, a artista tem um grande desafio: protagonizar Entrevista com Phedra, peça que conta a trajetória da atriz cubana que brilhou nos palcos da América Latina.
Baseada em fatos reais, o texto narra a trajetória da grande diva cubana do Satyros e do teatro brasileiro, Phedra D. Córdoba (1934-2016), que recebe o jornalista Miguel Arcanjo em seu lendário apartamento na Praça Roosevelt, onde vive com o gato Primo Bianco, para uma inesquecível entrevista sobre sua trajetória nos palcos da América Latina.
Em entrevista ao Observatório G, Márcia Dailyn revelou detalhes da montagem e relembrou momentos históricos e marcantes de sua carreira. A atriz marcou presença no camarote Ibis durante a Parada LGBT e deu o seu recado: “Precisamos de dignidade, de respeito, de igualdade e fraternidade. É dar a mão e não se separar. Juntos rompemos barreiras”. Confira!
Você morou um tempo na Europa, como foi essa experiência?
“Eu era jovem, novata, mas a paixão pelo balé, pela dança… Sai daqui com um nome masculino, mas tive o respeito que não tive no meu próprio país de ser tratada como bailarina lá fora. Eles me abraçaram, porque olharam a artista, muitas saudades, muitas amizades, uma experiência única na minha vida.”
A diferença de cultural é muito grande?
“Muito, muito mesmo. Eu trabalhei com várias bailarinas renomadas, vários coreógrafos. Eu acho que nem tanto a cidade ou o país a cultura. É rica? Sim, amei estar lá, Agregar essas pessoas na minha vida não tem valor.”
Você vem com um espetáculo escrito pelo jornalista Miguel Arcanjo. O que pode adiantar?
“É um espetáculo riquíssimo que traz uma trajetória de uma artista cubana, Phedra D. Córdoba, que viajou por vários países da América Latina. Chegou na Argentina e se consagrou, trabalhou no Teatro Rival com Walter Pinto no Teatro de Revista. Hoje, se ela estivesse viva teria 81 anos. Eu aos 40 levantar essa bandeira de uma das pioneiras trans do país, é rico, é muito gratificante.”
Serviço:
- Entrevista com Phedra – Estreia 8 de julho no Espaço dos Satyros Um.
- Temporada: Segundas, às 21h. De 8/7 a 2/9/2019*.
- Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$20 (meia entrada)
- Duração: 50 minutos
- Classificação etária: 14 anos
- *Excepcionalmente, não haverá sessão no dia 26/8.
- Espaço dos Satyros Um: Praça Franklin Roosevelt, 214.
- Telefone: 11 3258-6345.
- Capacidade: 50 lugares.
- Texto: Miguel Arcanjo Prado.
- Direção: Juan Manuel Tellategui e Robson Catalunha.
- Elenco: Márcia Dailyn (Phedra D. Córdoba) e Raphael Garcia (Miguel Arcanjo Prado).