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1ª mulher trans do MMA brasileiro, Anne Viriato, explica por que só luta com homens

Anne Viriato é a primeira mulher trans do MMA brasileiro

Publicado em 15/10/2021

A lutadora de MMA, que desde pequena sofre preconceito por ser uma mulher trans, Anne Viriato, tem êxitos impressionantes em sua trajetória no esporte. É a única mulher trans a ir com homens cis para o tatâme. Mulherão, usa as redes sociais para divulgar os seus trabalhos, luta, dança e beleza.

Em entrevista ao Observatório G, Anne destacou que segue lutando na categoria masculina, especialmente porque gosta de desafiar a si mesma e ultrapassar os seus próprios limites.

1 – Eu li que você só compete com homens, mesmo sendo uma mulher. Isso confere ainda?

Sim, eu ainda luto contra homens, desde que comecei no esporte, com seis anos de idade. Com 11, 12 anos fiz a transição. Não passei pela puberdade no masculino, fiz a terapia para bloquear isso. Mas eu sempre competi no masculino e nunca quis mudar isso. É nessa categoria que me vejo buscando mais treino e busco melhorar cada vez mais.

2 – As diretrizes do Comitê Olímpico Internacional (COI) de 2015 estabelecem a participação de pessoas trans em competições oficiais. É exigido dessas mulheres o controle do nível de testosterona. No MMA, que basicamente é um esporte de ofensividade e técnicas de combate, você acha que mulheres trans teriam vantagem em relação às mulheres cis?

As atletas que eu conheço que estão no MMA e outros esportes, elas passaram por toda a puberdade e, depois de jovem e adulta, foi que fizeram a transição para o feminino e baixaram o hormônio para competir, diferentemente do meu caso, que fiz a terapia bem cedo. Na competição, tudo tem que ser medido certinho. Pode ser que sim, que a mulher trans tenha vantagem, ou pode ser que não. O que acontece muito com atletas trans é que, sempre quando são bons atletas, as pessoas querem justificar que a pessoa é trans, por isso é boa, isso é bem complicado. Eu luto no masculino por questões pessoais minhas, um desafio. Quando entrei no esporte, eu sempre quis ser uma atleta boa, eu consegui isso. No masculino as coisas são mais difíceis. Então é isso, é pessoal, não por achar que no feminino eu seria melhor, mas logicamente que eu seria mais forte, porque eu ganho no masculino, imagina no feminino. Mas não vejo por esse lado, é mais pelo desafio mesmo.

3 – O fato de ter feito a transição para o feminino te prejudicou em categorias masculinas?

A terapia hormonal me prejudicou um pouco no lado de rapidez, força. Eu fiquei mais lenta, perdi força e agilidade. Por isso, tenho que treinar cada vez mais, tento me superar ao máximo.

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