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Sexo, couro e poder: Fetiche fez Dom Barbudo doutrinar quase 500 homens

Publicado em 30/01/2020

Você tem um fetiche? Todo mundo tem um. E se tem alguém que entende do assunto é Dom Barbudo, líder de um dos movimentos que mais crescem no país, o BDSM: bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e sadomasoquismo. O protagonista aqui, podemos assim dizer, é o couro, ou o leather, e os adeptos, os coadjuvantes.

Dom Barbudo é gaúcho, pouco mais de 40 anos, 1,65 e 68 kg, torcedor do Corinthians em SP e do Colorado no Rio Grande do Sul. Em suas sessões não entram drogas e usar camisinha é obrigatório. E ele tem um prazer em especial no BDSM: iniciar homens, em especial os novinhos. Até festinhas ele oferece para os garotos que acabam de completar 18 anos, ou melhor, 18 + 1 dia.

Em 2017 Barbudo ganhou o título de MrLeather, depois dele vieram outros, mas a fama de Dom é tão grande que ele se tornou o líder do movimento e até foi aos EUA propagar seu legado. Ao Observatório G, ele contou um pouco da sua vida e dos momentos de prazer que recebe, e de acordo com ele, faz questão de proporcionar, nas suas contas já foram mais de 487 sessões.

Tudo tem um custo. Até pra ter prazer. Se você tem o desejo de ser dominado, de usar uma roupa especial, Dom pode te ajudar. Ele não cobra nada por suas sessões- podendo ter um ‘vale a pena ver de novo’, mas vai depender da química entre vocês. Dom tem uma masmorra, Stúdio 57, que acaba de passar por uma grande reforma, um local para os encontros, que lhe custa 1500 por mês.

Em seu blog, Mr. Leather 2017 faz os relatos das últimas sessões atiçando ainda mais seus seguidores: “Um homem casado de peito aberto”, “ele levou a calcinha vermelha da esposa”, “as pernas peludas e pés grandes que bombam na internet”, “virgindade perdida”, “o submisso que esperei por seis anos”, rapaz de 20 anos busca paizão”.  

Por lá ele também é bem didático. Bondage é imobilização por cordas ou couro; Spank nada mais é que bater em troca de prazer, vale tapas, chicotes, cintos;  Pet Play quando uma pessoa assume o papel de um animal, geralmente cachorros; Fisting quando se é penetrado por uma das mãos, vale vagina ou ânus. E, por fim, Nipple Play,que é a tortura no bico do peito.

Como nem tudo é couro…. no último dia 18/01 a conta oficial de Dom Barbudo , com quase 11 mil seguidores, foi desativada pelo Instagram. Dom entrou em contato com o suporte do aplicativo, mas até agora não obteve retorno. Ele abriu uma nova, mas torce para ter de volta seus fãs.  

Confira!

Em família

“Num jantar de Natal, a parte mais jovem da família. Eles perguntaram se era eu mesmo. Não tinha como dizer que não era”.

Os números falam por si

“473. É de graça, nunca cobrei, faço pelo meu absoluto prazer. Eles ganham um número por uma questão de ordem, todos eles têm relatos. Faço uma ou duas fotos e um relato de preferência no dia seguinte no computador, depois vou postando”.

Novinhos

“É um nicho que eu gosto. Já fui presente de aniversário de garotos de 18 anos e um dia. Não basta ter 18, tem que ter 18 e um dia, é uma margem de segurança. Eu prometi que iria fazer uma sessão, então, intitulei de presente, já foram várias sessões assim”.

Casados também…

“Vem todo tipo de homem: casado, solteiro, 85% das pessoas têm namorado ou é casado com homem ou mulher. Maioria são os gays, mas tem muito homem casado que curte fetiche, porém a esposa, namorada não tem ideia’.

Dom Barbudo – Mr. Leather Brazil em 2017 (Foto: Zev K)

… já as mulheres

“Eu tentei, mas lá pelas tantas não rolou. É um fetiche da mulher ver o homem com outro homem”.

Custos

“Alguns acessórios básicos podem custar 400, 500 mais ou menos. Precisa hidratar limpar, higienizar para a próxima sessão”.

Fazendo contato

“São pelos aplicativos gays. Eu tenho uma masmorra mesmo, fiz um apartamento só pra isso. Pago luz, água, condomínio, gasto uns 1.500 reais por mês. É o preço do prazer”.

Homofobia 

“Acho que existe, mas eu prefiro falar do que a gente constrói na comunidade leather”.  

Repeteco

“Pode sim, mas tem que ser interessante pra mim, estou em busca do meu prazer também”.

Lutador de just jistsu

“Ah, várias histórias. Tem coisas pitorescas. Um lutador de just jistsu, quase dois metros de altura, achei que ele fosse me esmagar, um cara bem macho, um heterossexual que não se envolve com homens, que não beija, que não tem toque. Estou aqui pra você bater em mim, sem contato sexual, gosto do seu site.  Depois eu tentei repetir com ele, mas o cara sumiu”.

Vingança, ciúmes e prazer?!

“Um cara me procurou e disse que queria naquele dia. Era uma beldade, maravilhoso, não tinha como deixar passar. Ele disse que me buscaria. E aí eu larguei tudo o que estava fazendo… No fim da sessão eu perguntei por que ele queria que fosse naquele dia. Ele descobriu pelo celular que o namorado tinha agendado uma sessão comigo e aí ele queria ser o número anterior ao do namorado”.

Sexo, mas nem tanto…

“Nem sempre [tem]. São coisas separadas. É muito mais comum que não tenha sexo. Sexo não é a penetração. Muitas vezes a pessoa nem excitada fica, sai dali e se masturba quatro, cinco vezes na semana pensando naquele momento”.

Dom Barbudo – Mr. Leather Brazil em 2017 (Foto: Zev K)

Ativo e versátil

“Eu sou versátil, conduzo tudo. Nem sempre sou o ativo, a pessoa que está ali é a mais passiva”.

Nudes

“Sim, recebo muitos nudes. Muitas pessoas querem viver algo diferente em sua vida”.

Mulheres na comunidade

“Estamos abertos a todos. Trans homens e mulheres. Todos”.

Bolsonaro

“É muito triste essa fase. É um retrocesso. Se tiver alguém na comunidade leather, espero que não se manifeste”.

Mr. Leather

Em 2017, Dom Barbubo, Dom PC, Kake, Deh Leather, Maoriguy, Heitor Werneck, Francine Zaqui e outros adeptos da cultura leather participaram do documentário Mr. Leather, que esteve em cartaz no Festival Mix Brasil no Cinesesc, a agora poderá ser revisto no Centro Cultural da Diversidade, SP, dia 12/02, 20h, gratuito, com entrada para maiores de 18 anos, as gravações mostram os bastidores do concurso Mrs. Leather e curiosidades sobre o cotidiano dos protagonistas.  

Trailer

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