O Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgou no mês de julho de 2021 que ocorreu um aumento de 20% em crimes contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBQTI+) em 2020. Ocorre que essa pesquisa não representa realmente o número de crimes cometidos pela contra as comunidades LGBQTI+, tendo em vista a alta de subnotificação dos casos e problemas na disponibilidade dos dados.
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Vale destacar que apesar da equiparação da LGBTQIfobia ao crime de racismo por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, mas as investigações e os avanços institucionais para constatar a incidência desse crime ainda são considerados morosos e precários.
De acordo com a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve, em 2020, um crescimento de 20,9% nas lesões corporais dolosas, de 20,5% nos estupros e de 24,7% nos homicídios dolosos de LGBTQI+.
Os pesquisadores perceberam que a falta de dados disponíveis para mapear a violência contra LGBTQI+ foi um problema encontrado em inúmeras as regiões do Brasil. No caso de homicídios dolosos, por exemplo, os pesquisadores não conseguiram obter informações dos inúmeros regiões, tais como o Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. Desta forma é evidente que os crimes contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBQTI+) só vem aumentando com o passar dos anos e os dados apresentado pelo Anuário de Segurança Pública, mesmo que ainda prejudicado com a falta de informação de algumas regiões demonstra o nível de crueldade desses crimes. A própria pesquisa cita como exemplo o caso de Roberta da Silva, mulher transexual que foi queimada por um adolescente em Recife em 24 de junho deste ano e morreu em 9 de julho.
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