A justiça de São Paulo condenou um homem por lesão corporal a uma casal gay em fevereiro de 2020 no Centro da capital paulista. Na decisão o juiz Marcelo Matias Pereira, decidiu que o crime teve motivação homofóbica, vejamos: “Deve-se reconhecer que os delitos cometidos pelo acusado foram motivados por razões homofóbicas, sabendo que as vítimas constituíam casal”, conforme diz a sentença.
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Na data dos fatos os jovens Guilherme de Oliveira e Bruno Nakazaki, de 29 e 26 anos, saiu da boate Zig Duplex, voltada ao público da comunidade LGBT, na Rua Araújo, por volta das 23h, em direção ao Metrô República. No trajeto o acusado e mais duas pessoas agrediram covardemente os jovens com socos e uma “rasteira”. Infelizmente Guilherme chegou a ficar inconsciente e teve traumatismo craniano, bem como ficou quatro dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Bruno teve escoriações leves.
O juiz não tem dúvida quanto à autoria das agressões, pois as imagens das câmeras de segurança do local identificaram o acusado. Em sua defesa o acusado alegou que as vitimas o ofenderam, no entanto, tal informa é controversa, já que as imagens mostram que Guilherme olhava o celular quando recebeu a primeira agressão.
O acusado, Jeferson José da Silva, foi condenado por lesão corporal a um ano e dois meses de reclusão no regime semiaberto, podendo recorrer em liberdade.Na sentença, o juiz reconhece: “O Brasil é um país extremamente hostil para a comunidade LGBT, perceptível pelas estatísticas assombrosas que revelam a profusão de crimes cometidos por motivos homofóbicos”.