Dez anos depois, a exposição fotográfica que trouxe a questão transgênero na sociedade brasileira está de volta. A travesti Luana Muniz tornou-se um mito comparável ao lendário malandro Madame Satã. Entretanto, quando Pedro Stephan começou a fotografá-la, ela era apenas “o travecão encrenqueiro” no bairro mais boêmio do Rio.
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O olhar do fotógrafo enxergou além: a Rainha da Lapa, comandando do seu trono o seu território. Onde as travestis fazem seu trottoir cheio de gestos e poses como um ballét e se comunicam com seus clientes através de uma linguagem corporal silenciosa. Tudo isso foi registrado pelo ensaio fotográfico que trouxe um olhar benevolente sobre a prostituição transgênero. O ensaio foi apresentado em Portugal no “Encontros da Imagem”, em Braga e no “TurinPhoto Festival”, na Itália.
Daí em diante Luana virou uma celebridade. Capa da “Revista Global”, publicação acadêmica financiada pela OpenUniversity, e chegou ao grande público no programa “Profissão Repórter” na TV Globo. Fazendo jus à sua fama, deu um “tapão” em um cliente.
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A cena viralizou na internet e se tornou a frase que soltou no momento se transformou em um meme: “tá pensando que travesti é bagunça?” No auge da fama adoeceu, morreu e virou mito. Já fizeram filmes sobre sua vida que ganharam prêmios em festivais de cinema
Esse ensaio, agora volta ao cartaz como precursor de todo esse movimento em busca de visibilidade para a causa transgênero.
Serviço:
Exposição fotográfica “Luana Muniz, a Rainha da Lapa”
Galeria Encontro do Artista
Rua do Rosário, 38 – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Vernissage: 8 de dezembro às 11h
Entrada gratuita: a partir de 8 de dezembro de 2018: terça à sábado, de 11h às 18h