Após fazer críticas ao candidato à presidência Jair Bolsonaro no seu primeiro show da nova turnê no Brasil e dividindo a plateia presente, na terça-feira (09), o cantor Roger Waters voltou a manifestar seu posicionamento político e provocar o público, na sua apresentação no Allianz Parque, em São Paulo, nesta quarta-feira (10).
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Na lista na qual crítica os políticos neo-fascistas que aparece no telão em dado momento do show, o ex-integrante do Pink Floyd cobriu o nome do presidenciável com uma faixa escrita “ponto de vista político censurado”, seguido do nome de Bolsonaro no telão.
Assim como no primeiro show, o público reagiu a provocação. Entre hits do Pink Floyd e de sua carreira solo, o baixista ouviu coro de “#EleNão”, “mito”, além de provocações ao ex-presidente Lula. Um grupo na arquibancada abriu uma faixa escrita “Fuck you, Roger. Play your songs” (Vai se f***, Roger. Toque suas músicas, em livre tradução), mas os seguranças pediram para que não a exibisse para evitar confusão.
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Já Water indicou que a decisão de evitar o #EleNão na segunda apresentação foi para impedir maiores transtornos no público, como aconteceu na noite anterior. “No show de ontem, não só no estádio, mas na saída, houve algumas coisas tristes. Mas o que sugiro é isso. É do interesse de nós, como comunidade de seres humanos, criar um futuro para nossos filhos e futuras gerações. Teremos de achar um jeito de usar nossa luta, para combater os porcos”, discursou ele, levando novas reações dos pagantes que começaram a gritar em coro o “ele não”.
“Eu não faço ideia do que vocês estão gritando. Eu estou excluído dessa conversa. Mas ouçam: eu sinto o amor neste lugar e queremos que este futuro seja com o reconhecimento de que os direitos individuais são importantes. E todas as etnias, religião e nacionalidades merecem ter o básico dos direitos humanos”, absteve-se.