A Polícia Civil investiga se uma mulher moradora da favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, e responsável pela “disciplina” envolvendo mulheres na comunidade, é a mandante da morte da soldado da PM Juliane Duarte dos Santos, que também se identificava como Dudu. A suspeita atuaria no tráfico da região.
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O corpo da agente foi encontrado dentro do porta-malas de um carro abandonado no bairro de Jurubatuba, zona Sul da Capital, a 8 km da favela de Paraisópolis. Peritos indicam que ela foi executada com um tiro na cabeça. Eles encontraram uma bala de uma pistola calibre, 40, o mesmo utilizado pela policial.
Exames feitos no corpo da vítima ainda indicam que ela morreu na madrugada de segunda-feira (06), o que leva a crer que a soldado ficou refém dos criminosos por quatro dias. Juliane tinha sido vista pela última vez, na madrugada de quinta-feira (2), em um bar de Paraisópolis. Ela estava de férias. Testemunhas contaram que alguém reclamou que o celular tinha sumido. E que Juliane sacou a arma e avisou que era policial. Logo depois, quatro homens encapuzados chegaram e a levaram do estabelecimento.
As testemunhas também ouviram tiros. Ao examinar o corpo de Juliane, os médicos do IML encontraram dois ferimentos a bala na altura da virilha. Entretanto a família da vítima estranha a história do celular. “O policial já é preparado, ela jamais, eu acho que jamais ia chegar e falar eu sou policial, se apresentar como policial, é uma história que tá muito embaraçosa”, disse uma tia.
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A moto da vítima foi encontrada na sexta-feira (03), perto da Praça Panamericana, no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. A polícia já identificou o homem que aparece nas imagens, mas o nome dele é mantido em segredo. E ainda não foi preso.
Na noite de segunda-feira (06), um suspeito identificado como Everaldo da Silva Félix, conhecido como “Sem Fronteira” foi detido em Paraisópolis. A polícia disse que ele tentou resistir a prisão e jogou fora os celulares, que foram recuperados e vão passar por perícia. Ele já tem passagem por homicídio, roubo e porte de drogas.
Desde o desaparecimento da soldado Juliane, a favela de Paraisópolis está ocupada pela polícia, que oferece uma recompensa de até R$ 50 mil reais por informações dos assassinos.