A intolerância de alguns pais e alunos contra uma criança transgênero de 12 anos, culminou no fechamento de uma escola na cidade de Achille, no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, que suspendeu as suas atividades por uma semana.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Mastectomia: o que é e a importância para pessoas trans
- Young Royals estreia última temporada na Netflix
- Pandemia faz quatro anos e traz mudanças nos relacionamentos
Colegas da garota, identificada como Maddie, começou a atacá-la após ela começar utilizar o banheiro feminino, o qual condiz mais com a sua identidade de gênero. O caso tornou-se uma discussão entre os responsáveis dos estudantes da instituição que em mensagens trocadas em um grupo no Facebook chegaram a ameaçar castrar a pré-adolescente.
“Se ele quer ser uma mulher, faça dele uma mulher. Uma faca afiada fará o trabalho muito rápido”, sugeriu uma mãe em um dos prints divulgados pela imprensa local. Em outro post, um pai afirma que orienta os próprios filhos a agredirem Maddie. “Basta dizer para as crianças chutá-la no banheiro e ela não vai mais querer voltar!”, escreveu.
Diante do claro risco que a menina corre, sua mãe, Brandy, entrou com um pedido de restrição contra Burney Crenshaw, que se apresenta como líder dentre os pais que apoiam as agressões à vítima.
LEIA MAIS:
Pesquisadores criam arroz geneticamente modificado para combater vírus HIV
“Isso é uma ameaça contra a vida dela – isso é assustador. Estes são adultos fazendo ameaças – eu não entendo isso”, afirmou a mãe à reportagem do KXII-TV. “Ela é uma criança incrível. Vê-la com tanto medo, não posso explicar o quanto isso me machuca”, completou.
O fato virou caso de polícia e até o FBI está envolvido com a missão de analisar as mensagens deixadas pelos pais das crianças nas redes sociais para saber se há algo que possa caracterizar crime de ódio.