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PM que sofreu preconceito por beijar homem no metrô relata homofobia em corporação

Publicado em 11/07/2018

O soldado da Polícia Militar Leonardo Prior, que viralizou nas redes sociais após ter um vídeo no qual beija um rapaz dentro de um dos vagões do metrô de São Paulo vazado e foi alvo de insultos homofóbicos e até ameaças de morte, contou sobre episódios de discriminação em entrevista ao G1.

Há quatro anos na corporação, o agente diz ter sofrido mais o chamado preconceito velado, mas uma situação em particular foi a mais explícita de todo esse tempo que atua na Força Tática por meio do Programa Vizinhança Solidária na Cracolândia, na região central de São Paulo.

“Houve um caso onde apontaram o dedo. Foi dito que ‘com ele eu não trabalho’. Foi direto, curto e grosso. E a pessoa disse: ‘você sabe por que’. […] Os outros casos são velados, mas esse foi o único caso mais direto antes desse caso do vídeo”, lembrou o PM.

Prior também conta que não é o único LGBT na Polícia Militar. “Existem lésbicas, existem gays, existem trans. Continuam trabalhando e devem permanecer. Não é critério de diminuição dos índices criminais a condição sexual. Como qualquer outro lugar de chefia e direção de qualquer outra empresa ou corporação”, afirmou.

Sobre o vídeo que correu a internet na última semana, gravado sem a sua autorização, Prior diz que ele foi feito após o horário do seu expediente e afirmou que não há regulamento que proíba demonstrações de afeto fora do ambiente de trabalho, mesmo que esteja fardado. “Acredito que não seja proibido pelo artigo 104 da I-24 PM, onde ela permite atos de afeto fora da administração, área de administração militar”, defendeu.

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Apesar de dizer não ter ideia sobre quem seja o autor do vídeo, Prior disse que espera que a pessoa seja punida. “Não faço ideia [de quem gravou o vídeo], mas quero saber. Se tivesse percebido, eu mesmo teria tirado o celular da pessoa.”, disse acrescentando ainda estar assustado com toda a repercussão.

Sobre os insultos homofóbicos e ameaças de morte que vem recebendo nas redes sociais e ainda o fizeram pedir afastamento médico, o soldado alega a maioria esmagadora vem dos seus colegas da polícia.

“Eu tenho diversos prints, e 90% a 95% das pessoas que fazem comentário de ódio em todas as redes sociais contra a minha pessoa e a minha vida são vindas de policiais militares.”

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