Os dois acusados de matar a travesti Penélope, a 15 facadas, no bairro Universitário, em Campo Grande, em novembro de 2015, foram condenados em júri popular, nesta quinta-feira (03). Wesley Rocha Reis Bento foi punido a 14 anos e dois meses, enquanto Leandro da Silva Martins a 12 anos e seis meses de prisão, em regime fechado.
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Leandro está preso há um ano desde uma decisão expedida no dia 21 de março do ano passado, já Wesley está foragido, mesmo depois que a 1ª Vara do Tribunal do Júri ter emitido o seu pedido de detenção, em julho do ano passado. Segundo o processo a ordem também foi encaminhada a polinter do Mato Grosso. As informações são do Correio do Estado.
De acordo com a investigação do Tribunal de Justiça do estado, a vítima utilizava o bairro Universitário como ponto de prostituição, e por ser a profissional do sexo mais velha no local, cobrava R$ 10 das outras prostitutas, porém a prática gerava muitos conflitos.
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Como forma de vingança, duas travestis que trabalhavam no ponto, chamaram os seus companheiros para desafrontá-la. Durante a discussão, Leandro segurou Penélope pelo pescoço, enquanto Wesley desferiu 15 golpes de faca, que atingiram o tórax, as coxas, costas e nuca.
Após o ataque, a travesti foi abandonada na rua ainda com vida e tentou pedir ajuda, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu próximo ao local que costumava encontrar os seus clientes.
Os acusados foram encaminhados para júri popular pelo crime de homicídio qualificado pela motivação torpe, pelo meio cruel e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.