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Atleta de vôlei trans é vetada de torneio feminino e joga entre homens

Publicado em 01/03/2018

A atleta transexual Carol Lissarassa foi barrada de disputar o torneio de vôlei de praia de Cruz Alta do Circuito Verão Sesc, que aconteceu no último domingo (25), na liga feminina. Após ser vetada no ato da inscrição, ela jogou na masculina fazendo dupla com Helio Lucena.

A jogadora, que jogou o mesmo campeonato ao lado da medalhista olímpica Juliana, em novembro, acredita que a exposição pode ter sido a responsável pela decisão dos organizadores. “Fiquei indignada com a organização, porque no ano passado disputei uma etapa do Circuito Sesc e fui vice-campeã. O documento que apresentei é o mesmo que usei em todas as competições femininas que disputei até hoje, que é minha identidade social como Carolinna Lissarassa, vinculada ao mesmo número de RG do meu nome de batismo. Sempre joguei com esse documento e nunca tive resistência. Para mim, foi um ato de discriminação. Ano passado joguei e fui para o pódio. Esse ano, após todas as matérias que saíram, acho que estou sendo perseguida”, afirmou.

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Ao Globoesporte.com, o Sesc, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que, por causa de uma falha da mesa de arbitragem que não checou devidamente o documento de Carol, ela disputou de forma irregular. “O nosso regulamento do circuito verão prevê a apresentação da documentação. Para se inscrever em qualquer modalidade tem que apresentar carteira de identidade e uma série de documentos. É à partir dessa documentação que se enquadra a categoria da atleta. No caso da Carol, ela ainda não tem a documentação feminina. A documentação da Carol ainda está no gênero masculino. Ela está no processo de transição, e por isso só poderia participar do evento na categoria masculina. Então foi uma opção dela de atuar na categoria masculina. A participação dela foi bem bacana. Somente por isso ela não pôde jogar”, justificou.

Lissarassa ainda manifestou dificuldades no seu desempenho para disputar com os homens, pois não tem mais a mesma força, impulso e agilidade dos homens. “Joguei no masculino para combater essa discriminação e para mostrar que, independentemente de masculino ou feminino, tenho talento e não vou parar. Se esse ato de me proibir no feminino foi uma maneira de me fazer não jogar, eles não conseguiram. Perdemos dois jogos apenas. Na semi, perdemos para os campeões da etapa em um jogo parelho”, desabafou.

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