Após emocionar ao oficializar o pedido de casamento feito por sua namorada na Disney, no fim do ano passado, a campeã olímpica pelo judô Rafaela Silva voltou aos holofotes, desta vez, por um episódio não tão legal. Ela utilizou os seus perfis nas redes sociais para denunciar uma abordagem policial, a qual considerou racista.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Mastectomia: o que é e a importância para pessoas trans
- Young Royals estreia última temporada na Netflix
- Pandemia faz quatro anos e traz mudanças nos relacionamentos
No depoimento, gravado em vídeo em seu perfil no Instagram, a judoca afirmou que pegou um táxi no Aeroporto Internacional Tom Jobim até a sua casa, localizada em Jacarepaguá, zona Oeste do Rio de Janeiro, quando o carro foi parado por uma batida na Avenida Brasil.
“Quando o taxista encostou, eles o chamaram para um canto. Quando olhei na janela, outro policial armado mandou eu sair de dentro do carro. Levantei e saí. Quando cheguei na calçada, ele olhou para minha cara e falou: ‘Trabalha aonde?’ Eu respondi… ‘Não trabalho, sou atleta!’”, contou.
O agente então a reconheceu: “Na mesma hora ele olhou pra minha cara e falou: ‘Você é aquela atleta da Olimpíadas, né?’ Eu disse: ‘Sim’ e ele perguntou: ‘Mora aonde?’ Eu falei: ‘Em Jacarepaguá e estou tentando chegar em casa’. Na mesma hora o policial baixou a cabeça, entrou na viatura e foi embora!”, continuou.
Leia Mais: Brendan Fraser acusa medalhão de Hollywood de assédio: “Apalpou o meu traseiro”
“Quando entrei no carro novamente, o taxista falou que o policial perguntou de onde ele estava vindo e onde ele tinha parado pra me pegar. E o taxista respondeu: ‘Essa é aquela do judô, peguei no aeroporto’ e o policial falou: ‘Ah tá! Achei que tinha pego na favela'”, relatou.
Por fim, a judoca fez um desabafo: “Isso tudo no meio da Avenida Brasil e todo mundo me olhando, achando que a polícia tinha pego um bandido, mas era apenas eu, tentando chegar em casa. Esse preconceito vai até onde?”, questionou.
Em nota, a Polícia Militar afirma que as declarações de Rafaela Silva são “injustas e não ajudam o trabalho de combate à criminalidade.”, diz o comunicado, que ainda informa que a abordagem fazia parte da operação que intensificou o policiamento preventivo nos principais corredores viários da Região Metropolitana para reprimir roubos de veículos e carga, adotando critérios técnicos e legais para cumprir sua missão de servir e proteger a sociedade.”