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Diretor de Sócrates comenta criação do filme: “A maior tragédia no mundo é a falta de amor”

Publicado em 25/09/2019

“Sócrates” de Alexandre Moratto estreia amanhã (26) nos cinemas do Brasil e promete lotar as salas ao redor do país. O longa conta a estória de Sócrates, jovem que sofre com a ameaça de ser despejado de casa e enviado a um orfanato após perder a mãe.

O menino da periferia de Santos então decide viver como um andarilho pelas ruas atrás de trabalho e ao longo do enredo nos é apresentado também a homossexualidade de Sócrates, e a dificuldade de encontrar acalento ao seu redor. A obra é o primeiro longa de Moratto e o mesmo já fora premiado com o “Independent Spirit Awards” de “Alguém para Assistir”. Em entrevista ao site, o cineasta nos dá detalhes do processo de criação do longa.

Alexandre afirma ter escrito sobre pessoas invisíveis na sociedade. “O filme é um drama pessoal de várias formas, além da perca de minha mãe eu sou um homem homossexual e este fato assola muitos jovens devido ao preconceito e a dificuldade de aceitação também”, disse.

Confira:

Alexandre, o filme Sócrates traz consigo alguma passagem de sua vida?

Sim, o filme é extremamente pessoal para mim. Eu perdi minha mãe muito jovem também. Minha mãe é brasileira e o meu pai é dos EUA, nós morávamos lá e vinhamos ao Brasil ao menos uma vez no ano (ficávamos 3 meses para rever a família materna). Em uma destas vindas para cá eu conheci o Instituto Querô e isso mudou a minha vida. Eu passei a enxergar o mundo com outros olhos, eu vi a necessidade de atuar em projetos sociais e tentar melhorar o que está ao nosso redor. Quando voltei aos Estados Unidos, perdi minha mãe e eu tive de lidar com todo esse drama sozinho, sem o ombro de ninguém da família dela, sabe.

A sua intenção é juntar as causas negras e LGBT+ num projeto só ?

Como falei, eu escrevi o roteiro primeiramente sobre um jovem homossexual que havia perdido a mãe. (não determinei etnia no roteiro e testamos diversos atores). O Christian Malheiros (Sócrates) ganhou o papel porque fora o melhor no teste para o personagem. Eu queria alguém da baixada santista, sabe. Para que celebrássemos ainda mais o Instituto Querô. Eu quis também homenagear os jovens que compõe o projeto – que são todos de lá. Eu tinha o desejo de fazê-los serem vistos e lembrados. Eu também fiquei muito honrado de ter o Chris no elenco. Ter um jovem negro como protagonista é outro fato o qual eu me orgulho muito!

Eu assisti ao filme, e levei um “soco no estômago após o outro”, você consegue definir qual é a mensagem “principal” de Sócrates?

Sócrates é um filme para se criar a empatia. Além da fome e a dificuldade de se ter um emprego, eu coloquei o afeto ou a falta dele em pauta. Para mim, a maior tragédia do mundo é a falta de amor. É a falta de ter a capacidade de se solidarizar com a dor alheia; a vida e a existência de um outro ser humano.

Sócrates estreia dia 26 de setembro e conta inda com Tales Ordakji, Caio Martinez Pacheco, Jayme Rodrigues e Rosane Paulo no elenco.

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